26/09/2017
QUEM FOI SANTA GIANNA

Gianna Beretta Molla (Magenta, 4 de outubro de 1922 — Milão, 28 de abril de 1962) foi uma médica italiana casada e mãe de família com quatro filhos, proclamada santa pela Igreja Católica.
VIDA
Foi membro atuante da Ação Católica desde a adolescência. Formou-se com louvor em Medicina e especializou-se em Pediatria por seu grande amor às crianças e às mães, pois pretendia unir-se ao seu irmão, Padre Alberto, médico e missionário, que havia fundado um hospital na cidade de Grajaú, no estado do Maranhão (Brasil), mas foi desaconselhada por seu bispo.
Logo depois, em 1954, conheceu o engenheiro Pietro Molla, com quem se casou. Noivaram em 11 de abril de 1955 e casaram-se no dia 24 de setembro do mesmo ano, tendo a cerimônia sido presidida por seu outro irmão, Padre Giuseppe. Durante o noivado escreveu ao seu noivo: "Quero formar uma família verdadeiramente cristã; um pequeno cenáculo onde o Senhor reine nos nossos corações, ilumine as nossas decisões, guie os nossos programas".
O casal teve quatro filhos: Pierluigi, Maria Zita, Laura e Gianna Emanuela. Porém, na última gestação, quando Gianna já tinha 39 anos, descobriu-se que ela tinha um fibroma no útero e ela tinha três opções: retirar o útero doente (o que ocasionaria a morte da criança), abortar o feto ou, a mais arriscada, submeter-se a uma cirurgia arriscada para preservar a gravidez. Gianna não hesitou e disse: "Salvem a criança, pois tem o direito de viver e ser feliz!". A cirurgia ocorreu no dia 6 de setembro de 1961.
Ela deu entrada para o parto no hospital de Monza na Sexta-Feira Santa de 1962. No dia seguinte, 21 de abril, nasceu Gianna Emanuela. Sempre fiel, afirmava: "Entre a minha vida e a do meu filho, salvem a criança!". Gianna faleceu no dia 28 de abril de 1962 em casa.
CANONIZAÇÃO
O milagre da beatificação aconteceu no Brasil, em 1977, na cidade de Grajaú, no Maranhão, no mesmo hospital onde ela queria ser missionária e ela foi beatificada pelo Papa João Paulo II em 24 de abril de 1994.
O milagre da canonização foi experimentado por Elisabete Arcolino Comparini, casada com Carlos César, ambos da Diocese de Franca, quando, no início do ano 2000, o quarto bebê que haviam concebido começou a passar por sérios problemas, tendo, no terceiro mês, a jovem mãe perdido totalmente o líquido amniótico. A intercessão da então beata Gianna foi pedida, ainda no hospital, na presença do bispo de Franca, Dom Diógenes Matthes. Como a Elisabete se recusava a realizar um aborto e devido à intercessão da Santa Gianna Beretta Molla, depois de uma gravidez sem a presença de líquido amniótico - um fato sem explicação científica - no dia 30 de maio de 2000 nasceu Gianna Maria, nome dado em homenagem à beata. Nas palavras de Dom Serafino Spreafico, bispo emérito de Grajaú, "Santa Gianna formou-se como missionária e como tal viveu, ligada ao Brasil por vocação específica… Ela agradeceu ao Brasil por tal vocação obtendo de Deus os dois milagres oficiais para a Igreja."
Gianna foi canonizada no dia 16 de maio de 2004 e recebeu do papa João Paulo II o título de "Mãe de Família". Na cerimônia estavam presentes o seu marido, Pietro Molla, suas filhas Gianna Emanuela e Laura, e o filho Pierluigi. Atualmente há vários grupos pró-vida que homenageiam a médica canonizada, inclusive no Brasil, entre os quais o movimento pró vida - GBM, capitaneado pelo líder católico de Rancho Queimado (SC), Sabino Werlich.